Neste artigo de 2019, publicado na Revista OrtodontiaSPO, pelo Prof. Dr. Julio Gurgel, do programa de mestrado acadêmico em Odontologia (Ortodontia) da UniCeuma, em São Luís/MA; Professor assistente doutor do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp, campus de Marília. Mostra as modificações sofridas no clássico envelope de discrepância descrito pelos Professores Proffit e Ackerman. Em função da introdução dos Mini parafusos na Rotina Ortodôntica.
O envelope de discrepância representa um importante conceito teórico sobre o potencial de movimento dentário nos três planos do espaço. Foi criado por Profitt e White com o propósito de dar noção das amplitudes dos efeitos dentários e esqueléticos obtidos por meio do tratamento ortodôntico, ortodôntico-ortopédico e ortodôntico-cirúrgico1.
Uma ilustração gráfica indica valores limites para os movimentos dos incisivos superiores e inferiores nos sentidos sagital e vertical, bem como para os movimentos dos molares no sentido transversal e vertical. Deste modo, principalmente o clínico iniciante, tem uma noção da magnitude média das correções possíveis por meio do tratamento ortodôntico isolado, combinado com o crescimento craniofacial ou com a cirurgia ortognática. Os dados numéricos são baseados nos abundantes estudos sobre o crescimento craniofacial, associados aos relatos sobre o efeito das diversas modalidades de tratamentos ortodônticos. O potencial de movimento dentário, expresso numericamente, representa os limites da remodelação óssea e a consequente adaptação dos tecidos moles nos três planos do espaço. A quantidade de movimento dentário é baseada na severidade da má-oclusão e deve ser associada aos parâmetros do envelope de discrepância para identificar a real magnitude, a direção e o modo de obtenção da correção ortodôntica.
Este envelope foi posteriormente revisto por Lee, Kin e Park, os quais contribuíram com a inclusão do círculo representativo dos limites de movimentos dentários obtido com o uso da ancoragem esquelética por meio dos dispositivos transitórios de ancoragem (DTAs)2. Portanto, o envelope de discrepância propõe quatro potenciais de correção:
1. A amplitude de alteração espacial obtida somente com o movimento dentário e a consequente remodelação (movimento dentoalveolar);
2. A quantidade de modificação do crescimento obtida por meio dos aparelhos ortopédicos fixos e funcionais;
3. O complementar efeito dentoalveolar ou esquelético possível de ser realizado com o uso dos dispositivos transitórios de ancoragem (DTAs), podendo ser a miniplaca ou o mini-implante;
4. A ampla gama de movimento obtida por meio da cirurgia ortognática.
Link do Artigo na Integra via OrtodontiaSPO:
http://www.ortociencia.com.br/Materia/Index/154341
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